sábado, 18 de dezembro de 2021

GIA CARANGI, O AUGE E A DECADÊNCIA DA PRIMEIRA SUPERMODELO DO MUNDO DA MODA

 UMA GAROTA NASCIDA NA FILADÉLFIA COM FORTES TRAÇOS LATINOS E QUE EM NADA LEMBRAVA O PADRÃO DA MULHER NORTE-AMERICANA . COM UM AR SELVAGEM EM SEU ROSTO , SEUS MODOS E SUA PERSONALIDADE,QUE TRANSPARECIAM NAS FOTOGRAFIAS QUE ACABARAM TRANSFORMANDO-A EM UMA DAS GRANDES SUPERMODELOS DO FIM DOS ANOS 70. ESSA ERA GIA CARANGI , FILHA DE UM COMERCIANTE DE ORIGEM ITALIANA QUE LARGOU O BALCÃO DA LANCHONETE DO PAI PARA TENTAR A SORTE EM NOVA YORK E SE TORNOU UM ÍCONE DE BELEZA DO SEU TEMPO.


Gia Marie Carangi
( Filadélfia, 29 de janeiro de 1960 - a Filadélfia , 18 de novembro de 1986 ) foi uma supermodelo norte-americana, atuante entre fins dos anos 1970 e o início dos anos 80 . É considerada por críticos de moda como sendo a primeira supermodelo da história e a mais influente de sua época, apesar de o título estar relacionado anteriormente a outras como Jean Shrimpton, Janice Dickinson ou mesmo Lisa Fonssagrives, que brilhou nos anos 40 e 50, antes sequer de o termo existir. Cindy Crawford foi apelidado de " Baby Gia" por sua semelhança com ela.

Gia, a primeira supermodelo

A garota que veio da Filadélfia

Gia tinha muita personalidade

Ela nem precisava recorrer a maquiagem para ser bela

Seus traços chamavam muita atenção dos fotógrafos de moda

Gia tinha um quê de selvagem
Savage Girl

Mistery

Beautiful

A carreira de Gia decolou assim que ela chegou a Nova York

Gia posou para os melhores fotógrafos

Roupas para todas as ocasiões

Capa de várias revistas importantes do mundo da moda, principalmente nos EUA e na Europa, tendo realizado trabalhos para estilistas internacionais consagrados, como Versace, Saint Laurent e Diane Von Fürstenberg, sua carreira decaiu rapidamente no início dos anos 80, quando desenvolveu uma profunda depressão e viciou-se em cocaína ou heroína . Tentando retomar sua carreira e se livrar das drogas, contraiu o vírus HIV, e acabou falecendo de AIDS pouco tempo depois, aos 26 anos de idade, em 1986. Gia foi uma das primeiras mulheres famosas a morrer em razão dessa doença nos EUA no início da pandemia.

Gia trabalhou para muitos estilistas

Todos os looks ficavam bem nela

Um look bem 70's ...

Gia era capa frequente das melhores revistas de moda

Olhos bem marcados

Ela ficava super bem em looks comportados

Alguma semelhança com a Cindy Crawford?

Cabelos ao vento

Corpo em forma

Menina-mulher

Vários editoriais de moda estrelados por ela

Gia posava com muitas roupas de pegada masculina

O início...

Mais nova de 3 filhos, os outros homens , seu pai, Joseph Carangi, italiano, era dono de um restaurante . Sua mãe, Kethleen, era dona de casa , de ascendência irlandesa e galesa . Seus pais tinham um casamento instável e violento, o que fez com que a mãe abandonasse a família quando Gia tinha apenas 11 anos. As pessoas que a conheceram culpavam sua infância desestruturada pela instabilidade emocional e a dependência química que veio a caracterizar sua vida adulta.
Na adolescência, ela conseguiu a atenção que desejava das outras meninas adolescentes, fazendo amizade com elas lhe enviando flores . Quando fazia o curso básico na Abrahan Lincoln High School, Gia se ligou a um grupo chamado " Bowie Kids ", adolescentes fãs de David Bowie que imitavam o ídolo nas atitudes estranhas, no comportamento, nas suas roupas e no estilo " glam ". Certa vez, aos 14 anos, Gia apareceu usando um macacão de cetim vermelho e botas vermelhas com plataformas pretas. Ela usava um cabelo grosso cortado e murchado nas costas. Ela foi atraída para Bowie pelas preferências da moda e pelo estilo sexual ambíguo do cantor e sua assumida bissexualidade. Ela e seus amigos " Bowies " frequentavam bares e clubes gays da Filadélfia e, apesar de ligada à comunidade lésbica da cidade , Gia nunca quis assumir o estilo lésbico aceito socialmente.

O sorriso memorável de Gia

Fazendo charme

Gia não via problemas em posar nua

Muita Vogue pra contar história

Mui bela foto

Roupa de trabalho, ou pra balada . Who knows ???

She liked having fun

Olhar de menina

Chiqueria pura

Gia e sua mentora

Ela sempre estava disposta a mudar o visual

Belo sorriso

Ela iniciou sua jornada profissional ainda bem nova, com apenas 17 anos ( quando largou seu emprego no restaurante ) ,quando um fotógrafo da sua cidade natal  Hoagie City, na Filadélfia, a convidou para fazer uma sessão de fotos que serviriam de propaganda para a loja de departamentos Bloomingdale's localizada em Nova York. Suas imagens foram parar nas mãos de Arthur Elgort, um importante fotógrafo do mundo da moda. Em menos de 1 ano, a garota conseguiu se tornar a maior novidade da indústria. Com apenas 18 anos, fez seu primeiro grande trabalho para a marca Versace. Além de sua estonteante beleza, Gia também chamava atenção por ir contra alguns padrões impostos na época . Ela se vestia com roupas de homens, não gostava de usar maquiagem, não tinha problemas em posar nua e muitos diziam ser lésbica ou bissexual. A supermodelo também utilizava drogas frequentemente. Em entrevistas da época, Carangi costumava dizer : " Estou finalmente começando a gostar de ser diferente. Talvez eu só esteja chapada de novo" .
Despojada e irreverente

Gia e Linter na cerca de arame, uma das fotos mais icônicas da carreira dela


Gia adorava usar roupas masculinas

Vermelho paixão

Glamour

Gia,  a sereia

Ops, caiu a alça do vestido

Gia e a jaqueta de couro

Gia era super fã de David Bowie e buscou muitas referências nele

Traços delicados

Gia foi uma das modelos pioneiras a posar com looks inspirados na indumentária masculina

Gia não era feliz como parecia no começo

Sensual

No início da carreira, Gia foi recusada por várias agências por sua aparência fora do padrão nórdico e por ser considerada comum demais. Até que foi lançada na alta-moda pelo fotógrafo Chris Von Wagenheim. A partir dai, sua ascensão foi rápida, possibilitada pela ascensão do tipo étnico introduzido pelo cinema dos anos 70, que começou a democratizar a beleza, atingindo também a moda, e em conjunto com sua personalidade que transparecia nas fotos, de repente ela se tornou uma das modelos mais requisitadas , sendo capa das principais revistas de moda diversas vezes e fotografada por ícones como Richard Avedon e Helmut Newton.
O impacto de Gia na moda foi além da estética. Foi a primeira modelo a se assumir publicamente como homo ( bissexual ) e a ser a primeira mulher famosa a morrer de Aids, contraída através do uso de drogas injetáveis. Seu comportamento espontâneo, o hábito de aparecer nas  sessões de cara lavada e atitude descuidada e rebelde em relação à própria imagem ao desvinculá-la da aura do glamour inacessível.

Gia era rebelde e voluntariosa

A bela enfrentou traumas na infância dos quais nunca conseguiu superar

Gia começou a frequentar o Studio 54 e com isso a abusar das drogas

Gia e a maquiadora Linter, sua amada

Um que de garota do punk rock

E com a beleza de uma flor


Flashes

Look com pitada latina

Backstage

Gia consumia heroína mesmo quando estava trabalhando

Gia já aprontou feio numa sessão de fotos de moda praia

Girls relaxing

A bipolaridade extrema ( nunca tratada ) oscilante entre picos de felicidade e tormentos emocionais foi a porta de entrada na infernal Trip Junkie na qual sem volta jogou-se a modelo. Celebridade, logo Gia virou habitué do Studio 54 , clube nova-iorquino onde a drogadição rolava solta na fronteira hedonista da era disco. Não tardou para introduzir-se na cocaína e, bem rápido, foi apresentada à heroína. Se não estava louca de cocaína ou heroína, Carangi chapava-se de ambas as substâncias - o speedball, combinação perigosa que fazia a cabeça de seu maior ídolo, David Bowie.
Gia não era tão feliz quanto parecia por trás das passarelas. Segundo o The Independent, a jovem permanecia sozinha em sua maior parte do tempo. Também carregava grandes traumas de infância, como o abuso que sofreu aos 5 anos de idade e ao abandono, do qual nunca conseguiu superar. Após terminar sua agenda extremamente lotada , ela costumava voltar para o seu apartamento sem ninguém e abusar de substâncias ilícitas. Seus colegas de trabalho passaram a chamá-la de " sister morphine " ( irmã morfina ).

Aqui já com uma pegada anos 80

Classuda

Spring

Ninguém colocava freios em Gia

Gia já fugiu de uma sessão de fotos numa Harley Davidson de um desconhecido

White dress

Gia já se recusou de posar de biquíni numa sessão de fotos de moda praia

Gia para Giorgio Armani

Gloss

Close up

Belíssima

Uma ótima garota-propaganda da Dior

Em outubro de 1978, ela fez suas primeiras fotos com o renomado Chris Von Wangenheim, que a colocou posando nua atrás de uma cerca de arame junto com a maquiadora Sandy Linter. Gia encantou-se imediatamente por Linter e passou a persegui-la , criando uma relação amorosa que nunca conseguiu ser estável.
Aos 19 anos ganhava cerca de US$ 100.000 anuais, uma fortuna na época anterior ao surgimento das supermodelos milionárias , como Linda Evangelista, Cindy Crawford e Cláudia Schiffer. Gia fazia os melhores trabalhos, revistas como  a Vogue e grifes de alta-costura e prêt-à-porter como Versace. Seu humor era lendário e trabalhar com ela podia ser caótico. De repente, ela deixava uma sessão de fotos no meio subindo na garupa de algum desconhecido que passava numa Harley Davidson, com a própria roupa das fotos, sumindo na poeira sem dar notícias por dias . Ou então, entrava numa mercearia  e destrinchava um frango assado comendo com as mãos, vestida com um Saint Laurent de luxo, para desespero dos representantes da grife que acompanhavam a sessão de fotos em locação externa. Certa vez, em fotos para um editorial de moda praia, Gia desceu nua da van de produção e começou a correr pela praia pelada. Recusou-se a fotografar de biquíni e exigiu só posar com a parte de cima e nua embaixo, levando à loucura a editora de moda da Vogue , Vera Wang - depois uma famosa estilista que coordenava a produção local.
Yellow

Visú comportado

Gia posava como ninguém

Gilda tinha picos de alegria e acessos de raiva

Look mais esportivo

Gia era a modelo mais bem paga da época

Pena que gastou praticamente tudo para consumir drogas

Poderosa

Going to work

Olhar 43

Elegância



Em 1 de março de 1980, a descobridora de Gia, Wilhelmina Cooper, fundadora da agência de modelos do mesmo nome ,morreu de câncer de pulmão. Devastada, ela começou a abusar ainda mais das drogas. Scavullo ( fotógrafo ) relembrou uma sessão de fotos no Caribe " em que ela estava chorando porque não conseguia encontrar suas drogas . Eu literalmente tive que deitá-la na cama com ela até quando adormecesse" . A dependência começou a afetar seu trabalho, com violentos acessos de raiva chegando a deixar o trabalho para comprar drogas. Durante um trabalho com Richard Avedon, ela pediu para sair e fumar um cigarro e nunca mais voltou - e a cair no sono no meio de sessões fotográficas. Num dos últimos trabalhos para a Vogue Americana , ela tinha manchas visíveis no cotovelo, onde costumava injetar heroína.
Em novembro de 1980, a carreira de Gia estava em franca decadência. Os trabalhos cessaram e até seus melhores amigos da indústria, como a maquiadora Linter, deixaram de falar com ela , temerosos de que sua associação com Gia pudesse prejudicar suas carreiras . Fora da Wilhelmina Models , ela fez um breve contrato com a Ford Models, mas depois de 2 semanas foi demitida.
Girls want having fun

Os traços perfeitos de Gia

Equipe de trabalho

Agora é verão

Look a lá Espanha

No make

A revista Vogue adorava colocar Gia em suas capas

Gia fotografava alta-costura com a mesma desenvoltura que fotografava  moda prêt-à- porter

Beleza natural

O lobo-mau


Poucos looks 

Maior

Depois de voltar para a Filadélfia, Gia entrou num programa de desintoxicação química de 21 dias. Sua sobriedade porém durou pouco tempo, e em março de 1981 ela foi presa após bater com o carro num muro de subúrbio da cidade e fugir do local. Depois da perseguição policial, ela foi detida e colocada sob custódia, cujos exames indicaram a presença de álcool.
No segundo semestre de 81, apesar de totalmente envolvida com  as drogas, determinada a reiniciar a carreira no topo onde deixou, Gia voltou a Nova York e conseguiu  um contrato de agenciamento com a Elite Models. Apesar de alguns clientes se recusarem a trabalhar com ela, queriam pelo antigo status de supermodelo. Scavullo, que convenceu os editores da Cosmopolitan a lhe darem a capa da edição de abril de 82.
Aos 21 anos ela fez uma cirurgia nas mãos pois ela havia se injetado tantas vezes no mesmo lugar que havia um túnel aberto infectado que conduzia sua veia, afirma seu biógrafo Stephen Fried.
Nessa época, ela trabalhava mais assiduamente  com o fotógrafo Albert Watson e conseguiu trabalhos para catálogos de lojas de departamentos. Em 1982, Richard Avedon a contratatou para fotografar para a Versace e ela acabou contratada para fazer a campanha de primavera dessa grife italiana. Depois disso, trabalhou para a empresa alemã Otto Gmbh enquanto participava de um programa ambulatorial de combate à dependência pelo uso de metadona, mas pouco tempo depois voltou ao vício da heroína. Durante uma sessão de fotos para a Versace no outono de 82, Gia deixou a sessão no meio antes que qualquer foto aproveitável pudesse ser feita . No final de 82, Gia conseguiu trabalho com apenas alguns poucos clientes . Suas últimas fotos foram para Otto Gmbh na Tunísia, quando foi mandada embora no meio da produção por uso de heroína. Na primavera de 1983, ela deixou Nova York definitivamente.

Dior

A capa dessa revista deu o que falar


Mais uma capa com traje de banho

Gia gostava de ter um visual andrógeno

Os cabelos repicados do início da carreira

Smoking
A leoa

Happyness

My dog

La Belle
De lingerie

Rebel

Como havia gasto quase todo o dinheiro que conseguiu como modelo em drogas, Gia passou os últimos 3 anos vivendo com parentes, amigos, ou com namorados ou namoradas na Filadélfia ou em Atlantic City. Em dezembro de 1984 a modelo foi admitida para um intenso programa de desintoxicação química na Eagleville Hospital. Depois do tratamento, conseguiu emprego numa loja de roupas, mas demitiu-se em pouco tempo. Depois trabalhou como caixa numa lanchonete num lar para idosos. Começou a prostituir-se com homens para conseguir dinheiro pra comprar drogas. Na sarjeta, foi preciso declarar-se indigente para tratar a doença no sistema público de saúde. No final da doença que em 2 anos a devastou completamente, os músculos de Gia descolaram-se inteiramente do corpo.
Em 1985, ela foi encontrada do lado de fora de um hospital enquanto dormia na chuva, repleta de hematomas em seu corpo. Após ser analisada pelos médicos, foi descoberto que Gia havia sido espancada e estuprada, testando positivo para Aids, responsável pelo seu trágico fim.
No meio de 1985, voltou ao consumo de drogas. Em julho de 1986, deu entrada no Hahnemann University Hospital com pneumonia dupla. Poucos dias depois foi diagnosticada como portadora de Aids. Sem dinheiro, foi internada como indigente aos cuidados do Estado. A doença a fez perder peso, dentes, cabelo, ter hemorragias internas e manchas e tumores em todo o corpo provocados pelo Sarcoma de Kaposi.  Sua mãe esteve o tempo todo  ao seu lado. Um mês depois, em 18 de novembro, Gia morreu por complicações causadas pelo vírus HIV. Ela foi enterrada em 23 de novembro numa pequena cerimônia em sua cidade natal. Ninguém do mundo da moda compareceu ao enterro, porque ninguém ficou sabendo da sua morte até algum tempo depois. Scavullo, mentor, amigo e confidente, foi o único a mandar um cartão à família quando soube da notícia.
Em 1993, uma biografia de Gia Carangi foi escrita pelo jornalista investigativo Stephen Fried, Things of Beauty: The Tragedy of Supermodel Gia. Baseado nesse livro, a rede HBO lançou em 1998 o filme Gia, estrelado por Angelina Jolie no papel da modelo pelo qual receberia o Globo de Ouro de Melhor Atriz em minissérie ou filme para a tv. No filme Gia, Destruição e Fama mostra porque  sua bissexualidade fez fama em cenas ousadas para uma produção televisiva - tão picantes que cerca de 6 minutos da cena foram cortadas, e são achadas apenas na versão alongada do filme .

De cabelos curtinhos

Winter vibes

Deluxe

Pantera

She felt alone manytimes in her life

O belo sorriso  de Gia

Angelina foi perfeita nesse papel

Ela se envolveu muito com sua personagem

Wonderfull

Vale a pena assistir

Take a look

Gia de gravata

A orientação sexual de Gia também tem sido discutida após sua morte. Algumas associações LGBT a rotulam como lésbica e outras como bissexual, por seu relacionamento também com homens. No filme Gia, Jolie a interpreta como bissexual. Desde a sua morte ela é considerada como um ícone lésbico, e de ter sintetizado o termo " lesbian chic " uma década antes de ele ser cunhado.
Quando Gia morreu de complicações causadas pela AIDS em 1996 sua carreira já não existia mais. Mas apenas sua passagem efêmera, Gia deixou um legado inegável no mundo da moda ao representar o triunfo da personalidade em relação à simples aparência. Depois de Gia e de suas contemporâneas, não bastava ser bela. Agora era preciso representar algo além da beleza, no caso de Gia  a liberdade selvagem que custou sua vida, mas que a tomou como um ícone imortal de beleza, eternamente jovem, eternamente bela .

Angel's face

Playin'

Look at me

Gia tinha traços latinos

Fashionist

A carreira de Gia certamente teria ido longe se não fossem as drogas


Umbrella

Elegance avec decadence

Onde estão os pés de Gia?

 
Mix de referências


Perfect

Crush da Dior

Gia , a única

Então é isso, espero que tenham gostado  do post .Até a próxima e feliz 2022 pra vocês !!!!